Resenha: Filha de Feiticeira
Título Nacional: Filha de Feiticeira
Título Original: Witch Child
Autora: Celia Rees
Editora: Cia. das Letras
Ano: 2002
ISBN: 85-359-0226-0
Classificação: 5/5
Sinopse: "Moramos em um chalezinho, bem na borda da floresta - minha avó, eu, o gato dela e o meu coelho. Morávamos. Não moramos mais.
Vieram uns homens e a levaram. Homens de roupa preta e chapéus tão altos quanto campanários. Enfiaram uma lança no gato e arrebentaram a cabeça do coelho contra a parede. Disseram que não eram criaturas de Deus, mas demônios familiares, o próprio Diabo disfarçado. Lançaram a massa de pelo e carne no monturo e ameaçaram fazer o mesmo comigo e com ela, caso não confessasse seus pecados.
Depois a levaram embora."
Eu tinha para mim que este seria o primeiro livro do qual eu faria a resenha, mas não consegui, tamanho ciúme e possessividade tenho com ele! hahahaha
Bom, esse é um dos livros que mais marcaram a minha vida, certamente o que mais marcou a minha infância e um dos que eu mais me lembro.
Conta a história de Mary Nuttal, criada pela avó, uma das antigas curandeiras da vila em que viviam e com dons de clarividência. Na Inglaterra do século XVII, a avó é acusada de feitiçaria pelos mesmo vizinhos a quem tratava e levada pela inquisição.
Para não ter a mesma sorte, Mary é ajudada a fugir para o Novo Mundo, onde todos são mais dispostos a começar uma vida nova. Ainda assim, é obrigada a esconder seus dons, que acabaram de começar a se mostrar.
Já na América, Mary tem contato com nativos, índios, que tratam a questão de seus dons com muito mais naturalidade e aprende uma nova relação com a natureza.
Em seu diário, Mary fala de perdas, novos começos e resiliência. É um livro lindo de se ler em qualquer idade e que certamente lerei de novo em breve, acho que já pela 7ª vez. hahaha